Vivenciar Experiências

O texto de hoje não é meu. É de uma grande amiga está “vivendo novas experiências” nessa Pandemia. É um desabafo cheio de emoção e carinho, que achei que vale muito dividir com vocês.

Depoimento

Pela primeira vez na minha vida, posso acompanhar a educação escolar dos meus filhos. Muito mais de perto, do que qualquer pessoa jamais imaginou. E gostando demais! Educando, em uma verdadeira integração academia-família. O colégio entrou na minha casa! E nós entramos na escola! De portas e coração abertos.

No primeiro dia, precisei de ajuda das super mães do 4º e 8º ano, fica aqui o meu mais profundo e sincero muito obrigada! E a emoção tomou conta de todas nós. Descobri amigas que nunca vi! Uma delas me disse que nossos filhos têm uma capacidade incrível de se reinventar!

Confesso que, para mim, ver meus filhos estudando novamente (depois de férias forçadas e incertas) trouxe um sentimento de tanta felicidade, que nem sei descrever. Letras não serão capazes de traduzir. Eu agradeço a Deus a oportunidade de poder trabalhar de casa, neste momento. Sei que muitos pais e mães não têm esta mesma chance.

A pandemia nos trouxe a capacidade de observar, mais introspectivamente para nossos lares, nossas famílias, nossos filhos. Temos que conviver 24 horas juntos. Deixamos de ser robôs, que acordam, levam os filhos pra escola, vão ao trabalho, retornam pra casa e, muitas vezes, só encontramos nossos filhos dormindo.

Estou acompanhando diariamente o desempenho escolar dos meus filhos. Observo as reações, sei como cada professor – heróis, precisamos reconhecer – conduzem as suas aulas, dirimem as dúvidas dos alunos e lidam com a ansiedade de um futuro incerto.

Vejo a ginástica, para tentar manter todos quietinhos, prestando atenção e, ainda, lidando com alunos que são extremamente questionadores. Estamos num mundo contemporâneo! Num mundo onde as informações escorrem pelas palmas das mãos, seja por meio de tablets, notebooks, ipads, smartphones (palavras já aportuguesadas e aceitas pelo Velho e querido Aurélio – quem tem mais de 40, saberá quem é este amigo!). É o tempo da modernidade líquida, amor líquido, cultura líquida em que todas as informações escorrem pelas palmas das mãos. Mas a educação não! Jamais!

Tivemos que montar um verdadeiro ‘quartel general’, na nossa casa. Não estávamos preparados para ensino à distância, com novas plataformas. E dividindo o mesmo espaço físico: a sala de jantar. Tivemos que nos reinventar. Inclusive, como membros de uma unidade familiar, base de uma sociedade.

Entre todas as dificuldades, como cuidar do trabalho (nosso sustento), da casa, das refeições, da roupa… ainda temos que cuidar do nosso emocional e dos nossos filhos. Não podemos nos abalar! Neste momento, confesso que rezo o terço e peço a luz da Divina Misericórdia (tem um aplicativo sensacional. É só ligar e deixar a oração fluir!)

Estamos lutando uma guerra, com um inimigo invisível. Estamos sensíveis, à flor da pele. E, parafraseando uma propaganda de mídias sociais estamos ligados por um fio. Mas um fio invisível, a internet.

Sobre o medo? Sim. Ele existe. Mas o medo de como será nossa economia, nosso mundo depois desta terrível crise, que assola o planeta. Então, vamos pensando em um passo por vez. E pensando: juntos somos mais fortes!

Que Deus nos abençoe e proteja.

Viviane Nunes, mãe do José Francisco (8º ano) e Maria Vitória (4º)

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