O SINCOBESP (Sindicato Nacional dos Coletores e Beneficiadores de subprodutos de Origem Animal) realizou no dia 11 de maio o XVI Congresso Brasil Rendering, que acontece dentro da Fenagra – Feira Internacional das Graxarias – Reciclagem Animal. Durante a abertura do evento o presidente do Sindicato, Nelson Antonio Braido ressaltou a missão de unir o setor para enfrentar o que ainda vem pela frente.
Segundo ele, o fator econômico não é o único a preocupar a Entidade. “Desde que criamos o Sindicato temos trabalhado incansavelmente no sentido de mostrar às autoridades que o setor de reciclagem animal garante a sustentabilidade da cadeia da carne ao processar anualmente mais de 12 milhões de toneladas de resíduos do abate animal.”
O potencial do mercado foi apresentado pela consultora Jurídica do SINCOBESP, Valdirene Paes, com base nos números levantados pela Associação Brasileira de Reciclagem Animal (Abra), que indicam que dos 12,3 milhões de toneladas processadas em 2015, 55,3% foram de bovinos; 35,6% aves; 7% suínos e 2,1% peixes. Tendo o PIB do setor fechado em R$ 7,86 bilhões.
Na sequencia o vice-presidente Executivo do Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal, Ariovaldo Zani, falou sobre o desafio da sustentabilidade. Segundo ele é preciso refletir em relação à sustentabilidade como forma de entender a cadeia. “Hoje o consumidor determina o que ele quer comprar. A indústria tem que corrigir desvios. O desafio é inovar.”
Após a parte técnica do Congresso, tiveram início as duas principais palestras. Na primeira, o historiador Marco Antonio Villa falou sobre “Conjuntura Político Econômico 2017”. Destacando que a crise política precisa ser solucionada, para a recuperação da economia, ele levantou dados da história do país, afirmando que é impossível traçar um cenário dizendo para onde vai o Brasil. “É impossível prever o que vai acontecer amanhã. A grande herança desse processo é a mobilização da sociedade, mas é difícil criar um cenário para o Brasil pois tudo depende da Lava Jato.”
Leandro Karnall, também historiador, encerrou o Congresso debatendo: Ética e Corrupção no Mundo Contemporâneo: Tem Solução? Para começar ele destacou a importância de falar sobre ética em público, lembrando que as novas gerações estão isoladas em seus mundos, nos quais, na maioria das vezes, essas pessoas não leem e emitem opiniões antes de conhecer o que realmente acontece.
Ele diz que crises sempre existiram e que elas não duram para sempre. É preciso pensar o que fazer no futuro. Para tanto, afirma, é sempre bom ter um pessimista na equipe, pois o pessimismo lembra o risco do investimento. “No máximo um pessimista, pois para agir é preciso ser otimista.”
Depois de explicar os valores éticos, ele lembrou que o ético sabe que o errado é errado mesmo que ninguém veja. “Ser ético é ser alguém que busca a perfeição, não é ser perfeito. Ser ético é incluir o meu “eu” na resposta. A vida sem ética multiplica os problemas.”
Ao longo dos dois dias de evento a diretoria do Sindicato recebeu associados, visitantes e parceiros no estande montado na Fenagra e aproveitou para apresentar a nova identidade visual da Entidade, com um novo logo, folder e material de divulgação.
Faz parte das ações do Sindicato para este ano intensificar o programa de parcerias, como a firmada com a Falcon, que vem trazendo benefícios tanto para o Sindicato quanto para os associados. Durante o evento o diretor presidente da empresa, Nixon Scherer visitou o estande do Sindicato, confraternizando com os associados.
Ao final um brinde marcou a comemoração pelo sucesso do Congresso e da Feira.
