Mais uma vez a crise hídrica assombra o país. Com reservatórios chegando a índices críticos, o iminente racionamento de energia elétrica parece inevitável. É diante deste cenário, que a ABRASOL (Associação Brasileira de Energia Solar Térmica), chama atenção para o enorme potencial que o aquecimento solar de água, possui para reduzir o consumo de energia elétrica, especialmente no horário de ponta.
É de conhecimento público que os chuveiros elétricos são responsáveis por grande parte do consumo de energia elétrica nas residências. No entanto, o país dispõe de tecnologia nacional e um parque fabril preparado para atender demandas expressivas na geração de água quente tendo a energia solar como fonte.
Durante o horário de ponta, o Sistema Elétrico Brasileiro é sobrecarregado. Apenas os chuveiros elétricos representam mais de 6% de todo o consumo elétrico brasileiro e 25% do consumo residencial, segundo dados do Balanço Energético Nacional(BEN) e da Empresa de Pesquisa Energética (EPE-2019). Dados do IEE-USP indicam que cada novo chuveiro elétrico adicionado à rede custa ao país cerca de US$ 1.000,00 em infraestrutura.
Para o presidente da ABRASOL, Oscar de Mattos, a Energia Solar Térmica constitui-se em importante e fundamental solução para garantir a Segurança Energética do País, pois promove a eficiência energética, proporciona redução da emissão de gases de efeito estufa, além de possibilitar às famílias expressiva redução de custo nas contas de luz e aumento indireto na renda.
A indústria de aquecedores solares de água está presente no Brasil há 40 anos, é 100% nacional e utiliza matérias-primas disponíveis no mercado interno. Atualmente, em função das recentes crises econômicas e a paralização dos programas habitacionais e de eficiência energética, o parque fabril do setor encontra-se com ociosidade de aproximadamente 55%, o que reforça o potencial dessa indústria para contribuir com o equilíbrio energético do país.