Setor discute desafios do e-commerce, pirataria e fiscalização no “Desbravando Caminhos”

O workshop “Desbravando Caminhos para o Comércio Seguro e sem Fraude”,
realizado em São Paulo, reuniu representantes de entidades, especialistas e
autoridades para debater estratégias de enfrentamento à pirataria, falsificação e
comércio irregular. Promovido pelo SIMEFRE, o evento destacou a importância da
união entre setor produtivo, órgãos de governo e plataformas digitais para fortalecer
um ambiente de negócios ético e sustentável.

A abertura contou com representantes do Ministério do Desenvolvimento, Indústria,
Comércio e Serviços (MDIC), Receita Federal e Polícia Civil, que reforçaram a
necessidade de integração entre políticas públicas e ações de fiscalização. Também
foram apresentados diagnósticos sobre o impacto econômico da pirataria, que
atinge diversos segmentos industriais e prejudica a arrecadação de impostos.

Entre os destaques, a palestra da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico
(ABCOMM), conduzida por André Iizuka, abordou a evolução do e-commerce no
Brasil e os desafios para coibir a venda de produtos falsificados em marketplaces.
Ele explicou as quatro ondas do comércio digital e ressaltou que, embora o avanço
tecnológico tenha ampliado oportunidades, também facilitou práticas ilícitas. O
problema, destacou, vai além dos prejuízos às empresas, pois envolve riscos à
saúde e segurança do consumidor.

A ABCOMM tem trabalhado em iniciativas de autorregulação, desenvolvimento de
selos de confiabilidade e colaboração com órgãos de controle, além de estimular
maior conscientização do consumidor sobre os riscos de adquirir produtos de
origem duvidosa.

O workshop ainda contou com painéis sobre medidas legais, cooperação
internacional e o papel das entidades de classe no combate às práticas desleais.
Representantes da indústria reforçaram que a concorrência irregular mina
investimentos em inovação e compromete a geração de empregos.
Com ampla participação de sindicatos, associações e autoridades, o encontro
concluiu que o combate à pirataria exige uma estratégia coletiva e permanente. A
mensagem final foi clara: enfrentar a falsificação é essencial para garantir
competitividade, proteger o consumidor e assegurar um futuro mais justo para a
indústria brasileira.

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